quarta-feira, 20 de junho de 2012

O jogo de interesses




Desde os primórdios o homem é movido por interesses, isto é, tudo que ele faz é imbuído de segundas intenções. Quando criança, já aprendemos a chorar fazer bico, verdadeiros espetáculos quando queremos algo, no intuito de alimentar nossas carências ou receber compensações que nos agrade momentaneamente, seja fisiologicamente ou emocionalmente. 
Com o passar do tempo isso não muda, pelo contrario, evolui gradativamente. Isso se manifesta na sociedade, por ser ela composta de membros dotados destes mesmos mecanismos de defesa. A subjetividade manifesta-se claramente, fugindo da idéia de que o modelo cientifico - racional é sempre objetivo, e, portanto destituído de qualquer subjetividade aparente. 
Dessa forma, percebe-se que este mesmo modelo é imbuído de subjetividade e objetividade. Muitos dos avanços tecnológicos e científicos humanos tentam dá uma resposta a sociedade, para as suas necessidades. 
No entanto, elas vêm mascaradas por uma idéia de bem comum, quando na realidade o que conta é o interesse daquela parcela detentora de tal conhecimento, isto por sua vez vai gerar bens, principalmente econômicos. Exemplo claro disso, é quando acontecem descobertas cientificas ligadas a tecnologia ou a saúde, estas são vendidas a preço de ouro, com uma idéia aparente de bem comum, chegando a sensibilizar, quando na realidade o que está por traz é o fruto desse investimento – o capital. 
É possível ainda destacar dois exemplos práticos desta realidade tão presente em nossos dias: o surgimento desenfreado de novas religiões fundamentadas na teologia da prosperidade e da política que passa para os eleitores uma postura de trabalho em prol do povo, quando o que vemos pela TV é bem diferente deste discurso. Que o diga o “mensalão” e o escândalo do senado envolvendo Sarney, Demóstenes e cachoeira. 
Portanto, não é possível haver uma relação neutra entre as várias faces de nossa sociedade, desde a ciência, passando pela política e religião, pois como diz o ditado popular “de boas intenções o inferno está cheio”, ou seja, aquilo que se apresenta como verdade nem sempre é confirmado nas entrelinhas.

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