quinta-feira, 7 de junho de 2012

Avanço dos serviço sociais no séc. XX.







O crescimento dos serviços sociais no século XX se dá devido à maior participação dos novos membros da sociedade, ou seja, os cidadãos igualados pela lei. Surge à escola primária pública e o Estado ganha espaço frente à sociedade civil proporcionando uma divergência entre o discurso da igualdade social e política e a classe majoritária representada pelo Estado e os grandes capitalistas. As riquezas produzidas vão se transformar em salários rendas e impostos que alimentam a máquina e posteriormente volta para a população em forma de serviços e benefícios – salário indireto, expressão dos direitos sociais.

O Estado detentor desta ferramenta passa a cuidar de seus súditos comportando-se como um novo coronel, a ideologia capitalista é imposta aos trabalhadores. A profissão de Serviço Social passa a ser uma arma de difusão do modelo dominante, quando deveria intervir e mediar os interesses das classes menos favorecidas. Os interesses do capital são estabelecidos pelo “pacto de dominação”, onde a mediação do profissional é questionada, o seu caráter político é subordinado ao sistema.

Com o crescimento do Estado e burocratização das atividades, o discurso dos profissionais passa a imagem de neutralidade política e social, destituído de interesses manipuladores do poder. Para sobreviver nesse modelo o trabalhador vende sua força de trabalho em troca de um salário, e com isso suas necessidades básicas são supridas, e sua existência se transforma em riqueza para os capitalistas, alimentados pela mais-valia. Auxiliado pelos serviços sociais os níveis de produção aumentam, o exercito de reserva cresce e consequentemente a competição gera a redução de salários.

O capitalismo impõe seu modelo de produzir e de pensar na vida social, com isso o profissional é chamado a ser “fiscalizador da pobreza”, a persuadir e levar o usuário a aceitar as normas do órgão, a partir da analise dos aspectos particulares da classe trabalhadora, da sua privacidade.

Assim, conhecendo sua vida, o Assistente Social passa a ser um filantropo, um bem feitor a serviço do Estado e de sua ideologia. Os avanços tecnológicos na produção, perda de espaço no processo de trabalho, uso da ciência na produção e a desqualificação do trabalho reduzem a importância do trabalhador frente à máquina. Isso leva a necessidade de uma reorientação da prática social para atender aos interesses da classe majoritária- os trabalhadores. Uma nova leitura da história do Serviço Social, do seu engajamento político e religioso é feita no presente

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