terça-feira, 19 de junho de 2012

ATITUDE INVESTIGATIVA E FORMAÇÃO PROFISSIONAL: A FALSA DICOTOMIA.



Dentro do Serviço Social ocorreu um significado avanço pós anos 70, com o surgimento de cursos de pós-graduação, impulsionando a pesquisa e a formação dos profissionais voltados para a intervenção e para produção de conhecimentos. Sendo assim, a atitude investigativa e a prática nos leva a pensar numa teoria-prática, ambos contribuem para a transformação prática do mundo.

A dimensão investigativa tem seu suporte na práxis, pois a teoria não trata apenas de pensar o fenômeno como mera atitude contemplativa, mas dirigi o pensamento a uma mudança real no sentido de derrubar o teor existente no seu interior numa perspectiva superadora. Já a prática supera a realidade e por sua vez se torna inseparável do conhecimento como o é também a teoria.

Assim estes elementos se colocam como indissociáveis. A teoria realiza-se na prática, nesse processo se constrói categorias expressando modos de ser, pensando os fatos, numa atitude dialética, onde conceitos são citados.

Com o conhecimento da situação ou realidade e consequentemente intervenção o Assistente Social precisa ter um referencial teórico que o ilumine em sua leitura da realidade, saber usar instrumental técnico e estratégias adequadas no enfrentamento da questão social e ter consciência do papel de sua intervenção na defesa de um projeto de sociedade.

No exercício profissional, a intervenção e a mediação nos faz penetrar na realidade, questionar, mergulhar, ir além da realidade imediatamente dada, desvendando suas particularidades.



BATTINI, Odária. Atitude investigativa e formação profissional: a falsa dicotomia. Serviço Social & Sociedade, São Paulo, ano 15, n. 45, p. 142-146, ago. 1994.

Nenhum comentário:

Postar um comentário