quinta-feira, 7 de junho de 2012

A importância das categorias mediação e instrumentalidade no cotidiano profissional do Assistente Social.



Ao longo dos tempos a profissão de Assistente Social sofreu modificações importantes no seu modo de ser e ver o mundo ao seu redor. Características importantes foram se incorporando a profissão, o pensamesnto e a influência de nascedouro aos poucos vai dando lugar a uma visão de certa forma mais racional

Dessa forma, pre-noções e preconceitos são deixados de lado, o profissional passa a perceber o mundo ao seu redor de uma outra forma, o velho modelo dá lugar um modo de ser e de fazer do profissional. Aqui a instrumentalidade caracteriza-se como sendo a “capacidade constitutiva da profissão”. Dessa forma ela não pode ser entendida apenas como um conjunto de tecnicas e modelos capazes de operacionalisar a profissão.

Assim a intrumentalidade caracteriza a profissão, dá a ela características próprias que a distingue das outras. No Serviço Social, essa instrumentalidade é essencial, pois ela fornece elementos que nos ajudam na realização profissional, concretiza objetivos, favorece as condições objetivas da prática do Assistente Social.

Neste processo é possível ao Assistente Social, ultrapassar as práticas antigas, deixando um modelo meramente instrumental e tendo uma visão crítica e competente. No entanto, para que essa prática seja possível faz-se necessário o uso da mediação, esta por sua vez possibilita uma visão mais ampla ao profissional da realidade social em que está inserido.

A categoria mediação possibilita ao Assistente Social a capacidade de vislumbrar os fatos ocorridos, não os analisando como singulares, situações isoladas no tempo e na história, mas sim como fato inserido num contexto historico.

Esse contexto permite ao profissional analisar os fatos, fazendo o intercambio entre o fato e seu meio, o universal, para que assim, o possa ver como um dado particular, imbuido de particulares e especifidades, tais que contribui para que nós tenhamos uma analise real.

Contudo, o Assistente Social, gestado num sistema capitalista como o nosso é chamado a ver a realidade nua e crua, sem mascaras ou amarras, percebendo nela as causas e os motivos que as fizeram acontecer.

Os assassinatos e grimes em geral não ocorrem do nada como um passe de mágica, tem uma causa, algo que a leva a acontecer. Assim percebemos que, como a natureza, os individuos também reagem as multilações e agressões sofridas ao longo da vida.

Em alguns casos podemos dizer que esse ou aquele caso de violencia foi praticado por pura vontade e liberdade ou falta de carater do indivíduo, mas, no entanto, basta olharmos para sua história de vida, suas raízes familiares, suas marcas do passado e compreendemos que o indivíduo é fruto da sociedade que vive.

Não podemos afastar a parcela de culpa que o sistema possui na formação psicossocial dos individuos, cada traço, característica é elemento resultante do meio.

Dessa forma, a categoria cotidiano é de suma importância para a compreensão da realidade social, pois através dela é possível perceber e vislumbrar detalhes importantes do real.

O cotidiano é toda realidade vivenciada ou praticada com frequência pelos indivíduos, desde o acordar até um simples ato de ir a padaria ou trabalhar.

Os fatos rotineiros ao mesmo tempo que favorece uma melhor organização do dia a dia para alguns, para outros é um suplício, pois coloca amarras, deveres e costumes.

Nesse processo, a sociedade em suas mais variadas formas de se apresentar tenta reformular ou até mesmo anular as questões tidas como elementos do cotidiano. Aqui, podemos citar a moda, que a todo instante tenta de reinventar dando uma “falsa ilusão” de que o novo é sempre novo, quando na verdade é uma volta ao passado.

Assim, constatamos que, muitas vezes os fatos ocorrem de tal forma que nos acostumamos a vê-lo como natural, como elemento do nosso cotidiano, e com isso somos tentados a achar tudo muito natural.

A violência, as drogas, a corrupção e tantos outros fatores, passam a ser vistos como itens que já fazem parte da sociedade moderna e que sem eles as coisas não seriam o que são.

Dessa forma, o Assistente Social, também pode cair num certo comodismo social, se deixando levar por esta onde de naturalidade, vendo as manifestações da questão social como meras representações dos costumes e de indivíduos possuídores de uma maldade tamanha, capaz de destruir tudo que está ao seu redor pelo simples prazer de destruir.

Portanto, o profissional da nossa área não pode e não deve está alienado no tempo e no espaço, sem perceber que o mundo e suas representações são frutos de um sistema composto de pessoas capazes de organizar e adaptar o real ao seu bel prazer.

Nesse sentido, nada ocorre sem uma explicação, sem um motivo aparente, sendo assim, somos chamados a fazer uso da instrumentalidade necessaria e das mediações no cotiano profissional, para que a atuação seja a mais aproximada possível do real. Este real, deve ser compreendido nas suas varias facetas, pois o humano é sempre dinâmico e complexo não cabendo a ele explicações e concepções simplistas. 

        


 

  


 


 






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