quinta-feira, 31 de maio de 2012

Crer ou crer, eis a questão



Crer ou crer, eis a questão.


Vivemos em sociedade que constantemente as pessoas são chamadas a expressar sua capacidade de negar ou afirmar sua opinião sobre os mais diversos assuntos que fazem parte da vida humana. Assuntos polêmicos, que envolvem uma gama de conceitos e provocações reflexivas que mexem com a opinião pública. Isso não é uma característica apenas desse momento histórico, desde os primórdios isso ocorre, por ser o homem muito plural em sua visão de mundo.

A crença, fé ou concepção religiosa, envolve um aparato de concepções e dogmas, que com o advento da racionalidade vem perdendo espaço na vida das pessoas, criou-se um estigma de que quem crer em uma figura do Divino, ou tem uma religião, é conservador, ultrapassado, não evoluiu com o tempo, permaneceu num passado em que a fé regia a mete e os atos sociais e políticos.

Expressar a fé de "determinada concepção ou modalidade religiosa" ou a falta dela, é motivo para gozações e piadas. Isto se apresenta em todos os ambiente sociais, desde de escolas e trabalhos, até as redes sociais. O mais aceitável agora é se posicionar como ateu, destituído de qualquer concepção de uma figura do "Divino". Sendo assim, a razão toma o espaço desta, não somente na mente das pessoas, mas também em todas as esferas do conhecimento e da sociedade.

Com isso, percebemos estas duas vertentes, aqueles que se dizem crentes e aqueles que se posicionam alheios a qualquer figura do "Divino" socialmente constituída, cabendo a cada uma delas uma relação de respeito e equilíbrio, tendo em vista que querendo ou não o humano e o divino caminham lado a lado, num atrito construtivo, onde o ser e o não ser se encontram num movimento de reconhecimento do mistério da vida e da morte.

Não importa se cremos ou não devemos e conhecer que todas as explicações e concepções humanas são simplistas para explicar a vida, a morte, o bem, o mal e o Divino. Por mais que tentemos nossas palavras e sistemas de ideias formuladas são insuficientes para expressar nossa indignação diante dos mistérios que os envolve.       






          

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