quinta-feira, 31 de maio de 2012

Crer ou crer, eis a questão



Crer ou crer, eis a questão.


Vivemos em sociedade que constantemente as pessoas são chamadas a expressar sua capacidade de negar ou afirmar sua opinião sobre os mais diversos assuntos que fazem parte da vida humana. Assuntos polêmicos, que envolvem uma gama de conceitos e provocações reflexivas que mexem com a opinião pública. Isso não é uma característica apenas desse momento histórico, desde os primórdios isso ocorre, por ser o homem muito plural em sua visão de mundo.

A crença, fé ou concepção religiosa, envolve um aparato de concepções e dogmas, que com o advento da racionalidade vem perdendo espaço na vida das pessoas, criou-se um estigma de que quem crer em uma figura do Divino, ou tem uma religião, é conservador, ultrapassado, não evoluiu com o tempo, permaneceu num passado em que a fé regia a mete e os atos sociais e políticos.

Expressar a fé de "determinada concepção ou modalidade religiosa" ou a falta dela, é motivo para gozações e piadas. Isto se apresenta em todos os ambiente sociais, desde de escolas e trabalhos, até as redes sociais. O mais aceitável agora é se posicionar como ateu, destituído de qualquer concepção de uma figura do "Divino". Sendo assim, a razão toma o espaço desta, não somente na mente das pessoas, mas também em todas as esferas do conhecimento e da sociedade.

Com isso, percebemos estas duas vertentes, aqueles que se dizem crentes e aqueles que se posicionam alheios a qualquer figura do "Divino" socialmente constituída, cabendo a cada uma delas uma relação de respeito e equilíbrio, tendo em vista que querendo ou não o humano e o divino caminham lado a lado, num atrito construtivo, onde o ser e o não ser se encontram num movimento de reconhecimento do mistério da vida e da morte.

Não importa se cremos ou não devemos e conhecer que todas as explicações e concepções humanas são simplistas para explicar a vida, a morte, o bem, o mal e o Divino. Por mais que tentemos nossas palavras e sistemas de ideias formuladas são insuficientes para expressar nossa indignação diante dos mistérios que os envolve.       






          

DECEPÇÃO

      


Decepção


Existem momentos na vida que cometemos erros banais, erros que ferem nosso orgulho, nossa capacidade de aceitação, de amor próprio. Diante disso, nos perguntamos qual postura tomar? Como romper a barreira da vergonha de nós mesmos?


Somos assim impulsionados a sentir medo do futuro, das ações e reações que nossas atitudes provocaram.  Isso nos leva a dois caminhos distintos: assumir o erro ou mascará-lo.


Ao tomar a segunda atitude podemos esconder o erro, transformá-lo em um "bem" particular, ou ainda não permitir que exista um movimento de análise das questões e motivações que nos levaram a romper a corrente invisível que separa o certo e o errado, o bem e mal.


Assumindo podemos nos sentir envergonhados diante das pessoas, tristes por perceber nos olhos daquelas a decepção, muitas vezes por não esperar que fôssemos capazes de tal atitude, considerada anti-ética e desprezível. 


Por outro lado, ao nos posicionarmos como culpados, a nossa alma descansa, aliviada caminha em busca da verdade, da aceitação de si mesmo, do ato concreto daquilo que o racional aceita e vislumbra como correto.


Portanto, cabe a nós a escolha, o erro foi cometido, a atitude agora com a cabeça erguida é tirar desse momento uma lição que nos ajude a passar pelas pedras que nos aparecem pelo caminho. Conscientes de que somos capazes de depois da queda levantar com mais força e disposição para acertar e crescer como pessoa.

Rogério     

quarta-feira, 30 de maio de 2012

Conheça Areial/PB.

Conheça Areial/PB.


Por volta do ano 1915, o local onde hoje está situado o município de Areial, servia de parada de tropeiros, onde acampavam para dar de beber aos seus animais de carga e uma lagoa existente. Como a região era acolhedora e de ótima localização, as pessoas que por alí passavam e faziam suas paradas iam aumentando cada vez mais. Daí, foi que o Sr. Manoel Clementino resolveu alí se instalar, construindo uma casa que passou a servir de hospedagem aos tropeiros e algumas famílias. Atraídos pela fertilidade da terra que se prestava muito bem para o cultivo agrícola, algumas famílias foram chegando e construindo novas casas, iniciando o desenvolvimento do lugar . O desenvolvimento da localidade começou a alcançar prosperidade após 1918, quando novos moradores foram instalando suas casas e implantando pequenos sítios e fazendas. Destacavam-se entre os pioneiros: Joaquim Fonseca, Euclides Luciano e um cidadão conhecido como José Neco.
O lugar, na época pertencente a Campina Grande, só veio a tomar impulso maior, por volta desse mesmo ano, quando foi iniciada uma pequena feira, alcançando pleno sucesso dando uma maior força ao progresso da localidade. No entanto, com o assassinato de um feirante, a feira aos poucos foi fracassando ao ponto de terminar, pois as pessoas temerosas de que fato semelhante viesse a acontecer novamente, passaram a frequentar outras localidades.
Manoel Clementino fez doação, algum tempo depois, de um terreno para a construção de uma capela, em louvor a São José. Alguns anos mais tarde foi demolida, quando a comunidade organizou-se e adquiriu por compra de Severino Basílio, um outro terreno em local distinto, para a construção da matriz que ficou concluída em 1971.
Na divisão de administrativa do Brasil em 1937, bem como em 1938, figurou como distrito de Esperança, com o topônimo de Areal (sem o “i”). Pelo decreto de número 520 de 31 de dezembro de 1943, Areal passa a denominar-se Ariús. Já na divisão administrativa do qüinqüênio 1949/53, seu topônimo é mudado para Novo Areial.
O então deputado Francisco Souto interessou-se pela próspera povoação e apresentou projeto na Assembléia Legislativa para sua emancipação política, o que veio a ocorrer pela lei número 2.606 de 05 de Dezembro de 1961, sendo instalado oficialmente a 10 do mesmo mês e ano, desmembrado de Esperança, formando apenas um distrito, o da sede, com o topônimo de Areial.

Hoje, nossa cidade é reconhecida no cenário paraibano pelas suas grandes festas, realizadas pelo poder municipal, nos meses de junho com o Santo Antonio e em dezembro com a festa de Emancipação política realizada no dia 10 e o reveillon dia 31.  

segunda-feira, 28 de maio de 2012

Os vícios e as paixões, limites para liberdade



Os vícios e as paixões, limites para liberdade

Deparando-se com a realidade que está inserido, o homem encontra desafios significantes no exercício de sua liberdade, ele é submergido em obstáculos provenientes de seu interior e por aqueles provenientes da realidade social em que vive.

Conhecendo a verdade, guiado pela vontade, e livre para escolher, ele é constantemente seduzido a abandonar seus primeiros desejos, aqueles que nascem na alma, provenientes de Deus. É da alma que os verdadeiros e salutares desejos emanam, e, é por isso que é ela a primeira a ser corrompida, o que culminará na escravidão de sua vontade, que não mais obedecerá a força da verdade e sim aos desejos e apetites desregrados.  

Dominado por esses desejos, que no início surgiram como hábitos, pequenos desejos, que logo em seguida tornaram-se necessidades, isto é, necessidades incontroláveis, vícios, procurando a todo custo saciá-los.

O amor, sentimento belo e precioso que brota do coração apaixonado, envolvendo e transformando o homem, também é corrompido pelos vícios. Dominado, o coração não é mais impulsionado pela alegria de um sentimento, mas sim pelo desejo de debruçar-se sobre seus apetites mais íntimos.

O prazer pessoal ganha o lugar central em sua vida, não dando espaço para a alegria comum e verdadeira. O jogo a bebida são exemplos de vícios que o dominam não deixando espaço para uma realização completa que transforma e liberta.

A alma passa a não mais desejar e buscar os bens eternos, mas sim aqueles que são temporários e passageiros, que logo passam como a fumaça, deixando em seu ser o vazio, o fazendo continuar buscando a satisfação cada vez mais em objetos e circunstâncias desmedidas. 

Diante das paixões humanas, a mente exerce um importante papel, é ela capaz de dominá-las, de desvendar a verdade de seus resultados, exercendo com justiça o papel de esclarecer e iluminar o homem, tirando-o das trevas, mostrando-lhe a luz, uma luz capaz de revelar e indicar o reto caminho. “[...] A mente dotada de virtude não poderia de modo algum ser um ser injusto. Tampouco, ainda que esse tivesse esse poder, ele não forçaria a mente a submeter-se às paixões”. (AGOSTINHO, 1995, p. 51). A mente por ser justa não se torna cúmplice das paixões, provando assim que não há nenhuma outra realidade que torne o homem escravo a não ser a sua própria vontade livre, sua escolha livre. 

O trajeto feito pelo homem em busca da Liberdade

                       O trajeto feito pelo homem em busca da Liberdade


 Nas diferentes etapas da história humana a busca pela liberdade esteve sempre presente. Estes mesmos homens buscaram se libertar das diferentes modalidades de escravidão, entre estas podemos citar a escravidão exercida pelos reis, faraóis, senhores, coronéis e tantas outras formas. A busca pela liberdade era em sua maioria a única realização desejada, o único sonho, e para consegui-la muitas vezes a vida era colocada em jogo.

Diante de tal busca, nos propomos a apresentar o que seja a liberdade, como a entendemos como a conhecemos. Liberdade é Ter o direito de decidir, é poder agir segundo sua própria vontade, não está sujeito a nenhum senhor ou mecanismo de tortura, não sendo modelado ou aprisionado por nada, em outras palavras ser livre para ir e vir.

A liberdade, portanto, seria esta vontade livre que o homem possui, capaz de guiá-lo nos caminhos de sua história, possibilitando ao mesmo uma opção, isto é, a oportunidade de escolher de acordo com seus sonhos e interesses qual o trajeto a ser seguido.

Mesmo o homem possuindo esta vontade livre, ele deve conquistar a cada dia a oportunidade de colocá-la em prática, enfrentando os obstáculos que podem impedi-lo. Diante de tantos desafios impostos ao homem percebemos que ele busca uma liberdade para sempre, aquela liberdade que não seja mais necessário travar batalhas diárias, mas sim um descanso merecido depois da realização. 

A Vida


A Vida

Existem momentos na vida que paramos  e pensamos sobre as situações, pessoas e momentos vivenciados. chegamos a refletir sobre nossos atos, palavras, omissões. 


Nestes momentos chegamos a desanimar, pensar um caminho sem volta, sem saída, em que não se pode enxergar uma luz.


Percebemos o quanto somos pequenos e grafeis diante do desconhecido, este se agiganta, nos diminui, nos leva as profundezas da alma, onde escondido está aquilo que de mais sombrio e verdadeiro, os sentimentos.
            
Assim, pensamos a vida, refletimos sobre nossos erros, acertos e possibilidades, buscamos ser mais nós mesmos, seres em constante transformação, modificados pelo passado, marcados pelos golpes da miserabilidade humana.


Portanto, somos assim, cheios de falhas e perfeições, não importa o momento, sempre estamos em crescimento, mesmo que não o percebamos. Cabe-nos nunca desistir diante do novo, do sofrimento, enfrentá-los com as armas que temos: o hoje e o agora.   


Viva o hoje, levante ao cair...

RRSF

sexta-feira, 25 de maio de 2012

A NATUREZA DA LIBERDADE EM SANTO AGOSTINHO


A NATUREZA DA LIBERDADE EM SANTO AGOSTINHO

RESUMO
O nosso estudo versa sobre a liberdade em Santo Agostinho, que tem como princípio e fim o Criador. Ao criar o homem, Deus infundiu em seu coração o desejo de fazer somente o bem, dando-lhe porém a liberdade de obedecê-lo ou não. Ao desobedecer, o primeiro homem, Adão, optou livremente por não seguir as ordens de Deus e assim, sua vontade declinou de um estado perfeito para um estado de pecado e de vícios. Desse modo, o homem passou a ser dominado pelos desejos desmedidos, que por sua vez só podem ser combatidos pelas virtudes cardeais: fortaleza, temperança, justiça e prudência. Neste combate o homem terá a possibilidade de recuperar aquilo que fora manchado pela atitude de Adão. Para tanto, a razão funciona como luz que ilumina a mente desvendando as verdades e desejos do coração. Com isso a mente caminha iluminada pela sabedoria, esta por sua vez fornece a maturidade diante dos desejos. O homem cultivando a sabedoria terá a chance de traçar os caminhos da liberdade com mais segurança e responsabilidade. Para auxiliá-lo neste trajeto o Criador deu-lhe a ajuda da graça, a qual o guia e fortalece, para que assim ele possa desejar o bem, aquilo que o faz realmente feliz e livre. Isto, segundo Agostinho, só é possível com a ajuda divina, pois sozinho ele não consegue desejar e realizar em suas ações somente o bem. A graça, portanto, fortalece a vontade, inibe os desejos desregrados fazendo com que o homem desfrute dos bens terrenos sem ser a eles submisso, ou seja, sem ser por eles escravizadas, ao ponto de abandonar o reto agir. Contudo, esta liberdade torna-se plena quando o homem vive segundo a Verdade, que o conduz e planifica o querer humano, sem dúvida é Deus. Nele, é possível viver com liberdade, desejando somente o bem, renunciando ao pecado e ainda participando da impecabilidade divina, não podendo e desejando mais pecar. Neste caso, o bem se torna tão infuso em sua alma que ele se sente totalmente livre para viver entres os homens na presença do seu Criador. Percebemos que, a sua liberdade de escolha não é deixada de lado, mas auxiliada a buscar o bem. Portanto, a liberdade procede de Deus como todos os outros bens e nele tem seu fim, sua plenitude.               


PALAVRAS CHAVE: LIBERDADE – GRAÇA – DEUS

PERSPECTIVAS ECONÔMICAS PARA A ECONOMIA BRASILEIRA






PERSPECTIVAS ECONOMICAS PARA A ECONOMIA BRASILEIRA


Rogério Rodrigues de Souza Freire[1] 
Adairly Sousa Santos
Dayane Almeida Dias
Deise Egito dos Santos
Valéria da Silva Barboza


RESUMO


1-    A economia brasileira nos anos 2000.

No final do mandato de Fernando Henrique Cardoso, o Brasil estava passando por um período de crescimento econômico impulsionado pelo sucesso do plano real e conseqüente estabilidade econômica, a inflação caia gradativamente, a população passava a ter acesso a bens antes nunca experimentados, os preços das mercadorias já não aumentavam na mesma velocidade, isto impulsionava o comércio, aumentando as vendas, possibilitando aberturas de um maior número de vagas de emprego tanto temporários como de carteira assinada em todos os setores, além disso, a indústria passou a exportar mais, tendo em vista que nossos produtos passaram a ter melhor qualidade e oferecer maior confiança já que nossa economia estava ganhando confiança.
A valorização do real frente ao dólar deixava a população entusiasmada, dando um novo gás ao mercado consumidor, pois os consumidores não tinham mais medo de chegar num supermercado no outro dia e perceber que determinado produto teve um aumento de 15%, 20% em apenas algumas horas. O preço e a qualidade da cesta básica tornaram-se acessíveis a um número maior de famílias que vivem com um salário mínimo.
Em 2002, o Brasil se preparava para uma mudança importe, era ano de sucessão eleitoral PT e PSDB disputavam a preferência da população e de forma mais especifica do grande capital que buscava uma força maior para continuar crescendo, de um lado um ministro reconhecidamente capaz que fez um grande trabalho a frente do Ministério da Saúde e do outro um sindicalista considerado pela mídia um homem radical, sem formação acadêmica e, além disso, nordestino. Aqui residia um grande embate, confiar em um trabalho já reconhecido ou arriscar todas as fichas. A mudança de posicionamento do nordestino deu certo, em fim conseguiu ser eleito, criando com isso muitas expectativas sobre seu governo, o que passo a passo se confirmou, dando impulsividade a todos os setores da sociedade brasileira, aqui ressaltamos o social e o econômico, principais responsáveis pelo reconhecimento lá fora do poder de crescimento do Brasil.
O medo do setor econômico foi sendo combativo com uma economia mais solida capaz de favorecer a todos, principalmente o grande capital que temia as idéias sindicalistas do novo presidente, a desvalorização do nosso poder de compra e venda, temia também o enfraquecimento das relações internacionais com países anteriormente parceiros, o que com o passar do tempo foi se fortificando ainda mais, constata-se pelo número de viagens internacionais feitas nos primeiros anos de seu governo. Portanto, vivia-se uma lua de mel entre governo e sociedade, os pobres alimentados pelas bolsas e os ricos pelo poder de consumo crescente.
Com o escândalo do mensalão a popularidade de Lula já não era a mesma, toda a cúpula do seu partido envolvida ameaçava o entusiasmo do país e consequentemente o mercado especulativo, fato que ofuscaria sua vitória. Após a reeleição Lula, através da Revista Bovespa[2] questiona os economistas: como deverá estar a economia brasileira em 2010, no final do segundo mandato. Foram ouvidos vários economistas entre eles destacamos Luiz Gonzaga Belluzo, da Unicamp e ex-secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda que afirma: “O principal receio em relação à situação da economia brasileira nos próximos anos é que o País chegue a 2010 com “mais do mesmo” – ou seja, que o medo de realizar mudanças mantenha o Brasil “patinando”, sem crescimento efetivo”. Entende-se com isso que já em 2006 era percebida a necessidade de mudanças rápidas na economia, tinha-se que ousar, buscar crescer efetivamente, em todos os setores responsáveis por alimentar a economia brasileira, de forma estratégica e eficaz, tentando sanar as deficiências surgidas a cada crise econômica, tendo em vista que o Capitalismo se renova a cada crise, acontecendo assim uma “metamorfose”, novas estratégias são criadas para que a estrutura vigente não sucumba e isso é feito com criatividade e ousadia. É nessa ótica que Belluzo ratifica “É até compreensível que o presidente Lula seja cauteloso em relação à estratégia para a economia, mas o País não pode continuar a crescer em níveis tão modestos”. Sendo assim, se o capitalismo fosse modesto e praticante das virtudes teologais ele não estaria no patamar que estar, se reinventando a cada dia.   
Interessante destacar que Belluzo não tinha bola de cristal para adivinhar o que iria ocorrer anos mais tarde e que ele não foi o único a falar isto, no entanto, analisando dados do IBGE[3] sobre o Produto Interno Bruto Brasileiro, constata-se que desde 1990 o Brasil não teve uma taxa de crescimento significativa, isto é, não houve muita evolução nos percentuais, ou em valores absolutos. Mais uma vez trazemos a fala de Belluzo: “para que o crescimento pretendido, entre 5% e 6% ao ano, não se torne muito mais um sonho do que uma possibilidade concreta”. Aqui, vemos que os dados por nós estudados comprovam que esta possibilidade concreta de 5% e 6% é quase intransponível, parou no tempo como numa escala que só se vai 0 a 6, onde é louvável se chegar tais resultados, e, portanto, estes devem ser considerados satisfatórios. Essa satisfação por certo se dá pela comparação das taxas medias de crescimento entre os períodos de 2001-2009 (PIB 3,20 e PIB per capita de 1,93) com 1981-1990 (PIB 1,57 e PIB per capita de -0,56), no entanto, se essa comparação for feita com o período de 1961-1970 (PIB 6,17 e PIB per capita de 3,19) e 1971-1980(PIB 8,63 e PIB per capita de 6,04) segundo estimativa do Banco Central, esses resultados não são tão expressivos assim como os veículos de comunicação tentam nos convencer.
Em entrevista no dia 24 de dezembro de 2009 para O Estadao[4], o ex-ministro da Fazenda Delfim Netto disse “o próximo presidente precisa investir em tecnologia para que a economia brasileira seja de baixo carbono Para o Brasil crescer com vigor e desenvolvimento social a partir de 2010, o novo presidente da República precisa elevar os investimentos em tecnologia, sobretudo em energia não fóssil. Também é urgente que reforme a Previdência” e diz ainda que “acredita que o Produto Interno Bruto (PIB) crescerá de 5% a 6% em 2010 e ironiza os analistas que apostam na alta dos juros.
Essa última aposta ele perdeu, no dia 09 de junho 2010 o Conselho Monetário nacional (COPOM) [5] elevou as taxa básica de juros para 10,25%, senda alta consecutiva neste ano, essa elevação da taxa básica de juros anunciada pelo Governo é maior do que a dos Estados Unidos cerca de 10%, isso torna muito lucrativo para os grandes investidores, ganha-se muito investir capital no Brasil já que as taxas de juros aqui trarão mais  lucro do que em qualquer parte do mundo tendo em vista que somos campeões nesse item.
Com a alta dos juros o governo espera impedir que a inflação cresça em números não controláveis fazendo com que o país volte aos anos de corrida aos supermercados durante a madrugada. Este portanto, é um medo sempre presente na cabeça de  todos aqueles que vivenciaram tal momento histórico, algo que deve ser esquecido, um passado sombrio. Por outro lado o Governo tem uma meta a cumprir em relação a inflação que desde 2005 é de 4,5%, meta ultrapassada nos dois primeiros meses desse ano, segundo dados divulgados em março pelo Banco Central do Brasil atingindo 4,52%[6], tendo projeção estimada de 5,2% para o ano. É Importante ressaltar que a economia brasileira vem se recuperando da crise de setembro de 2008, impulsionada pela redução do IPI – Imposto sobre Produtos Industrializados e pelo crescimento do setor de serviços segundo esse mesmo relatório.      
Nessa mesma linha de projeções os indicadores econômicos para este de 2010, segundo dados do IBGE vão ao encontro das expectativas trazidas por Delfim, cerca de 6,3 em 2010 e 6,5 para 2011, o que seria algo “mágico”, “maravilhoso”, tendo em vista que a escala dos 6,0 seria ultrapassada, poderíamos crescer bem mais do estes percentuais e consequentemente elevar os investimentos em saúde, moradia, educação e lazer, elementos essenciais para que um país possa crescer em qualidade de vida. Pelo menos é o que garante a Constituição Brasileira, isto no papel, pois que vemos na realidade é bem diferente, a distribuição de renda no país é muito desigual, um exemplo claro disso é que em 2009 o PIB chegou a R$ 3.143.014,70 (em milhões), com uma população estimada em de 191.481 (em mil), o que nos leva a constatar que esse dinheiro não é dividido de forma igualitária, continuamos a ter pobreza e miséria em nosso país. Portanto, em termos capitais não somos pobres, mas sim esquecidos pelo sistema que nos ignora e nos impede de usarmos o “enorme” salário mínimo que temos apenas para alimentação e vestuário, tendo que direcioná-lo para fins outros, que aquela Constituição garante.

2. Considerações finais
      
Tanto Belluzo como Delfim, em suas falas não trouxeram muitas novidades, basta analisar os dados sobre os indicadores econômicos dos países em desenvolvimento fornecidos pelo IBGE de 2006-2009, que percebemos que esses países ainda importam mais do que exportam, o que sugere que o investimento em tecnologia ainda não é o esperado e o necessário para que seja possível concorrer com os produtos advindos de países onde a carga tributaria é baixa e a mão-de-obra é barata, como por exemplo a China e países que investem muito em tecnologia como o Japão, reconhecido internacionalmente por seu poder tecnológico e cientifico.
Não basta somente investir em tecnologia para que um país como o nosso cresça e cresça com qualidade, faz-se necessário um desenvolvimento social, com políticas públicas voltadas para o cidadão, o alimentando em suas necessidades primordiais, tais como saúde de qualidade onde os pacientes não precisem ficar em filas e listas intermináveis; uma educação igualitária, onde não haja necessidade de cotas, que discriminam mais do que incluem, separa e divide raças, criando embates sociais enormes, onde a cor da pele vai ditar as regras e não o conhecimento e a capacidade de cada um; habitação para todos, onde as pessoas possam morar de forma digna, retirando assim mendigos e sem tetos das ruas e principalmente criar condições de trabalho para a população socialmente ativa e não a alimentando com bolsas e bolsa
É, portanto um grande desafio para qualquer sociedade combinar desenvolvimento econômico com políticas sócias, investimento em ciência e tecnologia com crescimento em postos de trabalho, capitalismo desenfreado com meio ambiente. Este último por suas vez agoniza, devido ao mau uso que o homem faz da natureza, retirando extraindo dela elementos essenciais ao          



[1] Alunos graduandos em Serviço Social do 1º ano da UEPB.
[3] Instituto Brasileiro de Geografia e Estatistica.
[4] http://www.estadao.com.br
[5] Comitê de Política Monetária.
[6] http://www.bcb.gov.br/Pec/metas/TabelaMetaseResultados.

A PESQUISA SOCIAL





A PESQUISA SOCIAL E SUA IMPORTÂNCIA PARA
                               A PROFISSÃO DO ASSISTENTE SOCIAL


                                                                              Rogério Rodrigues de Souza Freire[1]

 

A PROFISSÃO DO ASSISTENTE SOCIAL


RESUMO: O presente estudo se destina ao componente curricular Pesquisa I, como requisito para obtenção da nota da primeira unidade. Aqui estudamos o papel da pesquisa social, sua importância e elementos essenciais para que assim, possa ser um meio importante para o enfrentamento da questão social e os elementos que compõe a analise e o conhecimento do referencial estudado. Com isso a pesquisa torna-se elemento singular para o conhecimento de questões relevantes para o serviço social, que entra no enfrentamento social tendo um conhecimento base do campo estudado.    

Palavras chave: pesquisa social, serviço social, campo de pesquisa.    

 

INTRODUÇÃO


O serviço social no Brasil lança suas bases nos anos trinta, imbuído da tradição européia e norte-americana. Em 1936, surge a primeira escola de serviço social em São Paulo. Aqui os primeiros assistentes sociais se fundamentam em uma tradição baseada na teologia social da Igreja Católica, que encontra seu alicerce no Catecismo Católico.
Neste momento, o voluntarismo arraigado na fé católica influencia sobre os assistentes sociais. As beatas e os beatos têm uma função importantíssima, pois na medida em que fazem seu trabalho, também transmitem a ideologia católica. Isto se dá principalmente porque na época a grande maioria dos assistentes sociais eram católicos praticantes, como também membros de setores abastados da sociedade burguesa da época.
Assim, nos primórdios do serviço social não havia uma preocupação com a investigação, ou seja, a profissão se construir tendo como base a intervenção (o fazer profissional). Não é em vão que ficou conhecida, neste momento, como “disciplina do agir” (SOARES, 1996, p.1).
Percebemos uma mudança mais acentuada desta visão nos anos sessenta, quando a perspectiva de intenção de ruptura no serviço social, dá seus primeiros passos, mesmo que não conseguindo de imediato, sendo abortado com o golpe militar de 1964, quando foi instalada a ditadura militar brasileira. Em Araxá[2] (1967) e Teresópolis[3] (1970) o serviço social pensou uma profissão preocupada com a metodologia e com uma fundamentação teórica.
Nos anos setenta com esse ideário de ruptura chegando a universidade de Belo Horizonte, Minas Gerais, com a criação do método “B.H”[4] (1972-1975), o espaço da perspectiva renovadora da profissão se destacou, tentando romper com o serviço social tradicional. Aqui avanços e continuidades, são postos à Renovação do serviço social, esse processo torna-se incipiente.
Portanto, a profissão, aos poucos foi avançando no sentido de uma postura investigativa, passando a perceber a relevância da pesquisa tanto na formação profissional quanto na prática cotidiana.

 

A PESQUISA SOCIAL E O SERVIÇO SOCIAL


O conceito de pesquisa social que norteará este trabalho é o defendido por LAKATOS (1998).

Entendemos por pesquisa a entidade básica das ciências na sua indagação e descoberta da realidade. É uma prática teórica de constante busca que define um processo intrinsecamente inacabado e permanente. É uma atividade de aproximação sucessiva da realidade que nunca se esgota, fazendo uma combinação particular entre teoria e dados. (LAKATOS, 1998, p.23).

Dessa forma a pesquisa é um suporte importantíssimo para obtenção de dados que fundamentam uma determinada teoria ou sistema. É nela que são buscados os resultados capazes de direcionar, comprovar ou negar hipóteses em relação ao objeto pesquisado.
LAKATOS (1998), também apresenta cinco tipos de pesquisa: a pesquisa básica, onde há a elaboração de teorias; a pesquisa estratégica, que tem como norteadores os problemas sociais; a pesquisa orientada para um problema específico, que visa responder problemas práticos e operacionais; a pesquisa ação, imbuída de uma prática, ou seja, o pesquisador também é cooperador e a pesquisa inteligência, onde são feitos levantamentos de dados demográficos, estatísticos, econômicos, etc; como por exemplo o IBGE.
Nesse caminho constatamos que o modelo de pesquisa que mais se usa no serviço social é a pesquisa orientada para um problema específico e a pesquisa ação, isso não quer dizer que não fazemos dos outros modelos. No entanto, o profissional da nossa área tem como objetivo não somente levantar e coletar dados mas traçar cominhos para o enfrentamento da realidade estudada, trazendo assim os resultados para seu fazer profissional, interagindo com a realidade.       
Essa pesquisa ganha destaque fundamental com o avanço das tecnologias e do capitalismo industrial nos últimos séculos. O desejo de produzir respostas capazes de alimentar os anseios da sociedade ultrapassa o campo das profissões, raças, situação econômica e social.
No campo social a pesquisa se destaca por lidar com o cotidiano, o ser humano é colocado no centro das discussões, no entanto, estas, muitas vezes ultrapassam barreias morais e ideológico-culturais, colocando no bojo dos conflitos pesquisados questões fundamentais para a compreensão do homem enquanto ser complexo.   
 Do assistente social, profissional capaz de dialogar com diferentes áreas do conhecimento, é cobrada a competência de investigar e produzir conhecimentos. A pesquisa vai ganhar destaque em nossa profissão. No processo de consolidação e espraiamento da intenção de ruptura com o Serviço social tradicional.
A inserção acadêmica de assistentes sociais durante a ditadura tornou possível a interação intelectual crítica com investigadores de outras áreas e a dedicação à pesquisa nos cursos de graduação criando grupos de pesquisa, avanço e aperfeiçoamento dos campos de estágio, o que resultou no crescimento da                                         elaboração de monografias como resultados de pesquisa de campo e do estágio supervisionado.
Nesse contexto, como define SOARES (1996), percebemos que a pesquisa torna-se elemento importante para os profissionais da área, impulsionando o surgimento dos primeiros cursos de mestrado e doutorado nos “anos 70”[5], frisando assim, que a nossa profissão deve percorrer um caminho de investigação e pesquisa continua e não apenas se apossar de elementos já discutidos em outras ciências.
Esse crescimento, acima citado, nos possibilita entender que, o ensino e pesquisa devem caminhar lado a lado, para isso os desafios e obstáculos laçados pelo caminho devem ser superados. Para tanto, estes profissionais são chamados acompanhar a linha tênue das transformações gestadas dentro do modelo vigente.
Nesse sentido a área de serviço social vem obtendo reconhecimento nos órgãos de fomento CNPq[6] e CAPES[7], por contribuir com pesquisas relevantes sobre os mais variados temas, trazendo para o cenário social assuntos até então vistos apenas numa ótica histórica, fornecendo assim, elementos para que sejam criadas políticas de enfrentamento às mais variadas manifestações da questão social.   
As transformações ocorridas nos colocam em um cenário de discussões relevantes para a sociedade, onde o capital, a democracia e a questão social são elementos indissolúveis.
Nesse caminho, IAMAMOTO (1993) aponta a importância do debate acadêmico-profissional, para que seja possível uma ultrapassagem de uma visão doméstica, familiar e consensual das relações profissionais, impulsionando uma aproximação do Serviço Social às fontes clássicas e contemporâneas do pensamento social na modernidade.
Nesse sentido Marx, torna-se um “referencial teórico-metodológico inesgotável”, contribuindo para a pesquisa e para prática profissional. Esta aproximação com as obras marxianas trouxe para o Serviço Social um arcabouço teórico-crítico de importância substancial, pois um caráter critico à profissão fazia-se necessário. Tendo em vista que a profissão desde o seu nascedouro era destituída deste caráter, dada sua aproximação com ideologias religiosas e burguesas.
 Esse pensamento critico trouxe discussões ao bojo do serviço social, antes deixadas de lado, como as estratégias de enfrentamento, o conhecimento do objeto de estudo e o método usado no processo de produção acadêmica. Dessa forma, o empirismo e o utilitarismo puderam ser ultrapassados.
As diretrizes Curriculares de 1996 enquanto grandes impulsionadoras da pesquisa investigativa no serviço social, deu suporte para capacitação teórico-metodológica, ético-política e técnico-operativo para a profissão, pois nela foi reafirmada a necessidade de um conhecimento da realidade que em o profissional está inserido impulsionando para isso uma formação mais aprofundada da história social e seus frequentes avanços. 
 Ao mesmo tempo em que esta linha de pensamento trouxe avanços ao serviço social, ela também trouxe grandes obstáculos. Pois, ao se inserir num caminho investigativo o pesquisador se coloca num cenário de limites, se deparando com ideais bem definidos, de um lado, estão as grandes instituições financeiras e monopolistas, de outro, o fazer ético do profissional investigativo e sua relação com a pesquisa. BOURGUIGNON (2007) nos leva a refletir esta realidade:

Reconhecemos que a própria inserção da profissão na divisão sócio-técnica do trabalho impõe limites quanto aos investimentos institucionais, para fomento à pesquisa, quanto ao reconhecimento da sua produção, bem como quanto a incorporação da prática investigativa pelos profissionais. (BOURGUIGNON, 2007, p. 49)  
           
A pesquisa em si parti de questionamentos, surge de uma indagação, de uma pergunta feita em relação ao objeto estudado, é uma ultrapassagem da realidade posta, de um imediatismo, de uma aparência que se mostra de início como única verdade.
Cabe ao investigador fazer a mediação entre a realidade imediata e aquela posta na obscuridade das entrelinhas do objeto investigado. Dessa forma, é possível uma distanciação do aparente e, consequentemente, aproximação da essência dos fatos buscados.
Dessa forma a categoria “particularidade” torna-se indispensável para o serviço social. BOURGUIGNON citando LUKÁCS (1970, p.103-104) vai dizer: a particularidade se constitui de “um campo de mediações”, a partir do qual podemos apreender o movimento dialético do universal ao singular: “O movimento do singular ao universal e vice-versa é sempre mediatizado pelo particular; é um membro intermediário real, tanto na realidade objetiva quanto no pensamento que a reflete de um modo aproximativamente adequado”.
Assim, percebemos que na pesquisa, não podemos nos deter às primeiras constatações, devemos ultrapassar esse estágio (aparência) e ir em busca de outras possibilidades de compreensão (essência).
O conhecimento produzido a partir de então será capaz de colocar o sujeito social no centro das discussões sociais. Os impactos trazidos com a pesquisa nos despertará para realidades novas capaz de refletir sobre problemas de ordem central para o contexto histórico-político e profissional.
A pesquisa assim é um elemento crucial na produção de conhecimento, um processo capaz de produzir efeitos importantes no meio em que é realizada.
Contudo, a pesquisa ainda continua sendo um privilegio de uma “elite profissional”, ou seja, ainda não se disseminou para a totalidade dos alunos de serviço social e para os assistentes sociais como todo.
Percebemos essa realidade de forma latente, quando verificamos que muitas informações são retidas ou minimamente divulgadas pelos setores responsáveis, tendo por trás um jogo de interesses e “um certo tráfico de influências”.
Os requisitos exigidos também são elementos utilizados para uma seleção dos “melhores e mais capacitados” para o ingresso nos grupos de pesquisa e extensão. Dentre estes requisitos a disponibilidade, o coeficiente escolar e a produção acadêmica são indispensáveis.
Nesse processo comumente ficam aqueles que possuem maior disponibilidade, o que não quer dizer que sejam os “melhores e mais capacitados” para tal tarefa.
Portanto, a pesquisa é também um divisor de águas no sentido de favorecer a elaboração de teorias e sistemas e ao mesmo de selecionar os aptos ao processo investigativo. Nesse sentido, ficam de fora muitos alunos e profissionais que não se encaixam nos parâmetros estipulados pelo sistema responsável.          

APROXIMAÇÕES CONCLUSIVAS

A pesquisa social ao longo da história se constituiu como sendo um elemento central para produção de conhecimento, seja ele usado na prática profissional do assistente social ou de forma mais geral na sociedade.

Percebemos que, neste percurso, muitos desafios são apresentados, desde o momento em que são selecionados os pesquisadores, temas e campos de pesquisa, pois o pesquisador se depara com obstáculos e dados de uma realidade que não revelam as diversas expressões da questão social.

Assim o pesquisador enfrenta o desafio de interpretar os dados colhidos e de fornecê-los, mais tarde à população acadêmica e social, tendo em vista a relevância de fazer o caminho de volta, ou seja, devolver os resultados aos sujeitos da pesquisa. 

            O profissional encontra desafios, ainda, maiores, pois no ato de investigar as informações podem ser dadas de forma incorreta, ou até mesmo distorcidas. Isto conduz a resultados distantes da realidade.
            Portanto, a pesquisa social se constitui como um dos alicerces principais na compreensão da realidade social e da construção de novos conhecimentos essenciais para prática profissional, de forma especifica, do assistente social.
            Não basta só compreender o que é a pesquisa social, mais sim compreender seu lugar enquanto ponto de partida para a profissão, e consequentemente, elemento fundante de melhorias e conhecimentos tanto no curso de formação quanto no da prática profissional.
Dessa forma será possível a comunidade social e acadêmica colher os frutos essenciais ao desenvolvimento do saber, dentro de uma realidade social, toda ela formada de sujeitos capazes de estudar e refletir sobre os fatos gestados a cada dia dentro do bojo sóciopolítico e histórico vigente.

REFERENCIA BIBLIOGRÁFICA


ABEPSS, Rio de Janeiro. (dispõe sobre as diretrizes curriculares para o serviço social Com base no Currículo Mínimo aprovado em Assembléia Geral Extraordinária de 8 de novembro de 1996). Ano 1996

BATTINI, O. A atitude investigativa e formação profissional: a falsa dicotomia. In: Serviço Social e Sociedade, Nº 45. São Paulo. Editora Cortez, 1994.

BOURGUIGNON. J. A. A particularidade histórica da pesquisa no Serviço Social. Revista Katalysis, Florianópolis, 2007.

IAMAMOTO, M. V. Ensaio e pesquisa no Serviço Social: desafios na construção de um projeto de formação profissional. Caderno Abess. São Paulo, 2003.

LAKATOS, E. M; MARCONI, M. de A. Metodologia científica. 2 ed. São Paulo: Atlas, 1998.

PEREIRA, P. A. P. A utilidade da pesquisa para o Serviço Social. Revista Serviço Social e Saúde, v. 4. N. 4. Campinas, 2005.

RICHARDSON, R. J. Pesquisa Social: métodos e técnicas. São Paulo: Atlas, 2005.

SOARES, M. de L. O percurso da pesquisa no âmbito do Serviço Social. João Pessoa: UFPB, 1996.








[1] Graduando do 2° ano em serviço social pela Universidade Estadual da Paraíba - UEPB; rrsouzafreire@gmail.com
[2] O seminário de Araxá está dentro do movimento de reconceituação e teorização do serviço social, ocorrido em Minas Gerais em 1967, onde foi discutido questões relevantes para o serviço social na época, isto se deu em plena ditadura militar. A participação foi bem reduzida não chegando a quarenta participantes tendo como propostas ações voltadas para macroatuação (política e planejamento) e a microatuação (serviços diretos). 
[3] O seminário de Teresópolis ocorreu no Rio de Janeiro em 1970, reuniu 35 participantes, tinha como objetivo dar continuidade ao movimento anterior iniciado em Araxá discutiu organizado em dois grupos a importância da metodologia no serviço social. Teve como diferencial a não elaboração de um documento final.
[4] O método “BH”, como ficou conhecido, foi à experiência realizada na Universidade Católica de Belo Horizonte entre 1972-1975. Nele foram lançadas as bases (emersão) do processo de intenção de ruptura com o serviço social tradicional, trazendo discussões importantes de caráter político, teórico e interventivo.
[5] Em nível de Mestrado foram criados: PUC\SP (1971); PUC\RJ (1972); UFPB (1978); UEPE (1979); NB (1989) e em nível de doutorado: PUC\SP (1981) e PUC\RJ.
[6] O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) foi criado em 195, é uma agência do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT) destinada ao fomento da pesquisa científica e tecnológica e à formação de recursos humanos para a pesquisa no país.
[7] A Campanha Nacional de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (atual CAPES) foi criada em 11 de julho de 1951, pelo Decreto nº 29.741, com o objetivo de "assegurar a existência de pessoal especializado em quantidade e qualidade suficientes para atender às necessidades dos empreendimentos públicos e privados que visam ao desenvolvimento do país".